Professores da rede estadual de São Paulo iniciaram uma paralisação nesta sexta-feira (25) em protesto por reajuste salarial e melhores condições de trabalho. Após ato realizado na Avenida Paulista, a categoria aprovou estado de greve, com possibilidade de paralisação total a partir de 9 de maio.
SEDUC – SP: Professores da Rede Estadual de SP aprovam estado de greve, após rejeição da proposta do Governo:
Os educadores exigem do governo estadual um reajuste salarial imediato de 6,27%, que atualize o salário base conforme o Piso Salarial Profissional Nacional, beneficiando professores ativos e aposentados. Além disso, reivindicam a contratação direta de 44 mil profissionais aprovados em concursos públicos, melhoria na climatização das salas de aula nos dias de calor intenso, e maior transparência na atribuição das aulas.
Outras demandas incluem:
- Descongelamento do reajuste de 10,15%, garantido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) desde 2017 e ainda não implementado pelo governo;
- Fim do processo de privatização e militarização das escolas estaduais;
- Plano de reposição salarial com reposição do poder de compra;
- Reabertura de turmas fechadas, especialmente no período noturno;
- Direito dos professores à alimentação nas escolas;
- Contratação direta pelo estado dos profissionais da educação especial, sem terceirização.
Ação Judicial e Liminar para Manter Atividades Durante a Paralisação e Greve dos Professores:
Em resposta à paralisação, o Tribunal de Justiça de São Paulo concedeu uma liminar determinando que ao menos 70% dos professores devem manter as atividades em sala de aula, sob pena de multa diária de R$ 20 mil. O governo estadual argumenta que a paralisação compromete a continuidade do serviço público e prejudica milhões de alunos da rede.
Próximos Passos: Assembleia e Decisão sobre Nova Paralisação
Até o dia 9 de maio, as aulas na rede estadual continuam normalmente com a paralisação parcial da categoria. Uma nova assembleia está marcada para essa data, quando será decidido se haverá greve total. Os professores reforçam que mantêm seu compromisso com a educação, mas insistem na necessidade urgente de que o governo atenda suas reivindicações para garantir melhores condições de trabalho e ensino.