Os vereadores de São Paulo aprovaram, nesta terça-feira (12), um significativo reajuste salarial que elevará seus rendimentos em 37%. A partir de 1º de janeiro de 2025, o salário mensal dos parlamentares passa de R$ 18.991,68, sendo reajustado para R$ 26.080,98 a partir de 1º de fevereiro de 2025. Este aumento está alinhado ao reajuste já aprovado para os deputados estaduais.
Câmara de SP APROVA Reajuste de quase 40% de Aumento para Vereadores:
A aprovação ocorreu através de uma votação única e simbólica, sem registro nominal de todos os vereadores. O projeto de resolução, proposto pela Mesa Diretora da Câmara, presidida pelo vereador Milton Leite (União), não necessita da sanção do prefeito Ricardo Nunes (MDB), já que regulamenta matérias de competência privativa da Câmara e aspectos políticos, processuais, legislativos e administrativos.
Justificativas para o Reajuste
A presidência da Câmara destacou que o último reajuste salarial dos vereadores foi aprovado em dezembro de 2016, sem nenhuma correção desde então. Em comunicado oficial, a presidência afirmou que o novo reajuste está abaixo da inflação acumulada de 47,34% entre janeiro de 2017 e outubro de 2024. Além disso, o aumento respeita o teto constitucional, limitado a 75% do subsídio dos deputados estaduais. Vale ressaltar que este ano, os vereadores aprovaram um reajuste menor que 3% para os servidores públicos municipais.
Pareceres Favoráveis
Antes da votação, o projeto recebeu parecer favorável nas seguintes comissões:
- Comissão de Constituição e Justiça
- Comissão de Administração Pública
- Comissão de Finanças e Orçamento
Impacto e Reações do Aumento dos Vereadores:
O aumento exorbitante dos salários dos vereadores paulistanos, justificado pela “adequação à realidade econômica”, causou indignação generalizada na população e foi amplamente criticado pela mídia. A narrativa de que o reajuste é necessário para “manter a remuneração compatível com as responsabilidades legislativas” soa vazia diante do contexto de crise econômica que afeta a maioria dos cidadãos.
A decisão, longe de ser uma medida constitucionalmente irrepreensível, demonstra mais uma vez a desconexão da classe política com as reais necessidades da população. O aumento, que garante a “devida valorização” dos vereadores, é um insulto aos contribuintes que arcam com os custos de uma política muitas vezes ineficiente e distante das suas preocupações.