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A Greve dos Professores de São Paulo e a necessidade de novas estratégias

O sucateamento, desvalorização e desrespeito ao serviço público não são fenômenos recentes. Nos últimos anos, testemunhamos uma série de ataques contra o serviço público e seus servidores em todas as esferas governamentais. Um dos exemplos mais evidentes dessa tendência pode ser observado no âmbito municipal, especialmente no setor da Educação, onde as carreiras públicas têm sofrido um processo de derretimento contínuo.

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A cidade de São Paulo, a maior capital do Brasil, serve como um caso emblemático dessa situação. Apesar de registrar arrecadações crescentes, pouco tem sido feito para valorizar seus servidores. Observa-se uma clara preferência pelas terceirizações, em detrimento das carreiras efetivas, o que revela uma tendência preocupante de desvalorização do trabalho dos servidores públicos.

Hoje, dia 26 de março, a Câmara Municipal de São Paulo aprovou um reajuste salarial de apenas 2,16% para todas as carreiras da prefeitura, com exceção do Tribunal de Contas do Município (TCM) e da própria Câmara. Esse reajuste ínfimo traz à tona a discrepância e a desigualdade de tratamento que o executivo municipal dispensa ao funcionalismo público, reforçando a percepção de desvalorização desses profissionais.

Diante dessa derrota, é essencial refletir sobre os caminhos de luta e mobilização. A greve, sem dúvida, é uma ferramenta importante de reivindicação, mas não é mais suficiente por si só. As votações na Câmara Municipal demonstram que alguns vereadores pouco se importam com as greves, chegando até a utilizá-las para denegrirem a imagem dos servidores. Portanto, é imperativo que a mobilização se amplie e atue diretamente nas bases eleitorais desses vereadores.

Os vereadores são sensíveis às opiniões de suas bases eleitorais nas cidades, mas muitos eleitores desconhecem as votações e posições de seus representantes. Há vereadores que, apesar de afirmarem defender a educação, nunca votam a favor dos servidores desse setor. Assim, é crucial que sindicatos e profissionais da Educação intensifiquem a mobilização para alcançar as bases dos vereadores, expondo as verdadeiras intenções desses políticos aos eleitores.

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Quando os vereadores perceberem que suas bases eleitorais discordam de suas posições, haverá uma maior probabilidade de reversão de processos prejudiciais ao serviço público. As greves, geralmente apoiadas pela população quando seu real motivo é conhecido, são apenas uma parte da estratégia. Poucos cidadãos estão cientes do voto de seus vereadores em questões que afetam a qualidade do serviço público.

Portanto, a mobilização direcionada às bases eleitorais dos vereadores é uma estratégia que tende a trazer resultados mais efetivos. Aliada às greves e mobilizações gerais, essa abordagem tem o potencial de garantir maiores ganhos aos servidores e contribuir para a melhoria das carreiras efetivas dos profissionais da Educação. A luta pela valorização do serviço público e seus servidores exige uma ação coordenada e persistente, capaz de enfrentar as adversidades e promover mudanças significativas em benefício da sociedade como um todo.

Nossa solidariedade e RESPEITO aos servidores públicos da Prefeitura de São Paulo!

Redação

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